Ferenc Farkas (ao piano) e Pál Fejös |
Quando
voltei de Roma a Budapeste em 1932, apesar dos meus diplomas, só consegui tocar
em orquestras de teatro e de cinema.
Foi
então que conheci o diretor de cinema Pál Fejős, que foi capaz de acolher o
jovem iniciante que era e me propor a composição da música para seus filmes. É
por isso que o acompanhei aos estúdios de Viena e Copenhague. Nós trabalhamos
muitos anos juntos. Os múltiplos problemas da música cinematográfica me deram
habilidades técnicas e conhecimento.
Muito
tempo depois, após muitos anos sem que nos víssemos, eu o visitei na Áustria.
Alguns dias depois, ouvi com tristeza que ele havia morrido. Em memória dele,
compus, em 1965, "Planctus et Consolationes". Os oito movimentos
deste trabalho são como relâmpagos que se entrelaçam, ilustrando a
consternação, a batida escura de uma marcha fúnebre, a luz agora velada de uma
época passada, as tentativas frustradas de se rebelar contra a morte, a
consolação e a submissão ao destino.
Para
compor, em sua memória, me inspirei num tema que era amado por Pál Fejös,
“Fontane di Roma”, de Respighi (meu venerado mestre).
(Ferenc
Farkas sobre Planctus et Consolationes;
publicado originalmente em: http://www.ferencfarkas.org/Planctus-et-consolationes.phtml; Tradução: Yuri Ramos)
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