Trazido
ao cinema pela cenografia operística, Fejös começa muito cedo a rodar filmes
que o deixam insatisfeito e que desaprovará. Parte aos Estados Unidos em 1923,
se fazendo notar por Spitz, e depois por Chaplin, que louva Last Moment. A
Universal o contrata para Lonesome. A história faz sensação por sua
simplicidade: dois jovens de encontram num parque de diversões. Amor à primeira
vista. A multidão os separa. Desespero. Mas eles moravam em quartos vizinhos no
mesmo prédio. A alegria do reencontro! Outros sucessos: Cena Final, com Conrad
Veidt e Broadway, brilhantes evocações do mundo do music-hall. Ele passa à MGM,
onde realiza as versões francesa e alemã do famoso Big House, sobre o mundo das
prisões. Braunberger o chama, estando na França. O início de Fantômas,
deslumbrante, é fiel à famosa série de Souvestre e Allain, mas depois o enredo
se descarrilha. A partir daí, a carreira de Fejös se divide entre a França, a
Áustria e a Hungria. Podemos recordar o emocionante Lenda de Amor e o
fortemente cativante e otimista Gardez le Sourire. Fejös se consagra, a partir
de 1936, ao documentário. Ele realiza para a Nordisk Film Kompagni filmes sobre
Madagascar. Ele então vai para as Índias Orientais e Sião. E traz de volta
novos documentários. Então, encontra seu próprio caminho: a antropologia. Ele
ensina em diversas universidades americanas e se torna membro da Academia de
Ciências de Nova Iorque. Mas os cinéfilos não esquecerão a Solidão e a Lenda, "essas
obras cuja doçura e cujo mistério", lembra Jacques Lourcelles, "vêm
do fato de sempre contar histórias um pouco mais simples que a média dos
filmes".
(Jean
Tulard, em Dictionnaire du Cinéma –
Les Réalisateurs – 1895 – 1995; Paris: Éditions Robert Laffont, S.A.; 1995; p.
301-302; Tradução: Yuri Ramos)
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