sábado, 14 de julho de 2018

Pál Fejös, por Jean Tulard




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        Trazido ao cinema pela cenografia operística, Fejös começa muito cedo a rodar filmes que o deixam insatisfeito e que desaprovará. Parte aos Estados Unidos em 1923, se fazendo notar por Spitz, e depois por Chaplin, que louva Last Moment. A Universal o contrata para Lonesome. A história faz sensação por sua simplicidade: dois jovens de encontram num parque de diversões. Amor à primeira vista. A multidão os separa. Desespero. Mas eles moravam em quartos vizinhos no mesmo prédio. A alegria do reencontro! Outros sucessos: Cena Final, com Conrad Veidt e Broadway, brilhantes evocações do mundo do music-hall. Ele passa à MGM, onde realiza as versões francesa e alemã do famoso Big House, sobre o mundo das prisões. Braunberger o chama, estando na França. O início de Fantômas, deslumbrante, é fiel à famosa série de Souvestre e Allain, mas depois o enredo se descarrilha. A partir daí, a carreira de Fejös se divide entre a França, a Áustria e a Hungria. Podemos recordar o emocionante Lenda de Amor e o fortemente cativante e otimista Gardez le Sourire. Fejös se consagra, a partir de 1936, ao documentário. Ele realiza para a Nordisk Film Kompagni filmes sobre Madagascar. Ele então vai para as Índias Orientais e Sião. E traz de volta novos documentários. Então, encontra seu próprio caminho: a antropologia. Ele ensina em diversas universidades americanas e se torna membro da Academia de Ciências de Nova Iorque. Mas os cinéfilos não esquecerão a Solidão e a Lenda, "essas obras cuja doçura e cujo mistério", lembra Jacques Lourcelles, "vêm do fato de sempre contar histórias um pouco mais simples que a média dos filmes".



(Jean Tulard, em Dictionnaire du Cinéma – Les Réalisateurs – 1895 – 1995; Paris: Éditions Robert Laffont, S.A.; 1995; p. 301-302; Tradução: Yuri Ramos)

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